Segundo foi publicado pelo site R7, o colunista
Reinaldo Azevedo, um ferrenho crítico do PT, se diz vítima de intimidação por causa de suas críticas que fez em relação a Operação Lava Jato.
O fato não são as críticas de quem quer que ele faça e
sim um ataque ao direito de Imprensa Livre.
Vejam:
O colunista Reinaldo Azevedo pediu demissão da revista Veja nesta terça-feira (23) depois da
divulgação de áudios em que criticava o veículo. Em telefonema grampeado com a
irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves, ele chamou o conteúdo de uma
reportagem de capa sobre senador de "nojento".
A gravação
foi feita depois da meia-noite do último dia 13 de abril, quinta-feira. A
conversa entre Azevedo e Andrea foi anexada pela Procuradoria-Geral da
República aos aúdios do inquérito que investiga o senador e a irmã.
Durante a conversa, eles falaram da Lava Jato e da revista Veja. Reinaldo criticou uma
matéria de capa que fala sobre Aécio Neves. Quando o grampo foi divulgado, o
colunista pediu demissão. Veja parte da conversa
Andrea Neves - Agora, que está acontecendo na Veja, o que o pessoal fez…
Reinaldo Azevedo - Ah, eu vi. É nojento, nojento. Eu vi.
Andrea Neves - Assinaram todos os
jornalistas e vão pegar a loucura desse cara para esquentar a maluquice contra
mim.
Reinaldo Azevedo - Tanto é que logo no primeiro parágrafo, a Veja publicou no
começo de abril que não sei o que, na conta de Andrea Neves. Como se o
depoimento do cara endossasse isso. E ele não fala isso.
Andrea Neves - Como se agora tivesse
uma coleção de contas lá fora e a minha é uma delas.
Reinaldo Azevedo - Eu vou ter de entrar nessa história porque já haviam me enchido
o saco. Vou entrar evidentemente com o meu texto e não com o deles. Pergunto:
essas questões que você levantou para mim, posso colocar como se fosse resposta
do Aécio?
Andrea Neves - Nós mandamos agora
para a Veja uma nota para botar nessa matéria.
Reinaldo Azevedo - Não quer mandar para mim também?
Andrea Neves - Mando.
Leia na
íntegra a nota divulgada por Reinaldo Azevedo:
"Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na
verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da
revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa
privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de
conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são
minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois,
pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida:
"se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam
isso com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota.
6: em qualquer democracia do
mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria
considerado um escândalo. Por aqui, não.
7: tratem, senhores
jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.
8: Andrea estava grampeada, eu
não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: Bem, o blog está fora da
VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo.
10: O que se tem aí caracteriza
um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo
agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a
uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo
cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares
do jornalismo".
Dados colhidos do Portal r7.com
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/reinaldo-azevedo-pede-demissao-de-revista-depois-de-divulgacao-de-conversa-com-andrea-neves-23052017
Dados colhidos do Portal r7.com
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/reinaldo-azevedo-pede-demissao-de-revista-depois-de-divulgacao-de-conversa-com-andrea-neves-23052017
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